F O Baú Errante: O dilema da sustentabilidade

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

O dilema da sustentabilidade

Bom, bonito e barato. Ah, que alegria que traz esse pensamento quando acabamos de comprar alguma coisa. A satisfação da compra, unindo qualidade, beleza e economia. Infelizmente, ou felizmente, cada vez mais, essas três qualidades não são mais suficientes em um produto. Agora faz-se necessário: bom, bonito, barato e SUSTENTÁVEL. É aí que esbarramos no problema.

Na maioria das vezes, os produtos sustentáveis e ecológicos acabam saindo mais caro que os normais, devido a processos produtivos muitas vezes mais complicados e artesanais, preocupação ambiental e social. Geralmente, essas empresas se preocupam muito mais com a poluição que será gerada, e diminuindo-a ao mínimo, além de serem socialmente responsáveis com seus funcionários. Tudo isso gera custos mais altos, oferta mais baixa, que são refletidos no preço.

O problema se encontra no fato de querermos sempre gastar quanto menos possível ao comprar alguma coisa, a ponto de pesquisarmos preços, avaliar qualidade e etc. E nesse vicioso impulso por ter o maior benefício, ou até preferir o mais barato e de pior qualidade, os produtos ecológicos, mais caros, acabam sendo deixados de lado.

O nosso grande erro é a dificuldade de abandonar esse egoísmo e percebermos que itens sustentáveis são muito mais benéficos para o meio ambiente, e para todos em geral. Além dos benefícios já citados, como preocupação ambiental e social, muitos produtos usam como matéria-prima o que era considerado lixo, reciclando e reutilizando, e diminuindo o volume de resíduos que precisam de um fim. As vantagens afetam todos nós.

Como solução para a economia de que às vezes precisamos, deviamos, ao invés de deixar de comprar produtos sustentáveis para economizar; comprá-los, gastando um pouco mais, mas consumir menos. Quantas vezes não nos deparamos com um enorme volume de coisas inúteis em casa que devemos jogar fora? Muitas vezes compramos desnecessariamente, e isso não só nos custa dinheiro, mas também todas as consequências do consumo, como poluição e lixo.

Portanto, procure incentivar o mercado sustentável em ascensão, o que contribuirá com o seu crescimento, e posteriormente acessibilidade (não só preço, como disponibilidade), com o meio ambiente e com a comunidade, unindo essa atitude a um consumo consciente, de forma que seja viável economicamente. Assim, satisfazemos todas as necessidades: as individuais, as coletivas e as ambientais.


Em breve, postarei alguns produtos sustentáveis para termos por onde começar! Quem quiser já ir em frente, recomendo que entrem no site do Coletivo Verde.

3 comentários:

  1. Nem sempre eu compro o produto ecologicamente correto. Alguns produtos têm uma discrepância enorme no preço, coisa de custar o dobro, triplo, aí não dá mesmo pra mim.

    Seu post me fez lembrar de uma situação que passei uma vez no mercado. Fui comprar massa pra fazer pastel, e encontrei duas marcas diferentes com preços idênticos. Eu escolhi a que iria gerar o menor resíduo. Um produto era só um pacote plástico protegendo a massa. O outro era um pacote plástico embalando uma caixinha plástica onde ficava a massa.
    Aos poucos, vou aproximando minhas atitudes do ecologicamente correto, rs.
    Gostei bastante do link que você passou, do Coletivo Verde. Lá encontrei o link da loja EcoChoice, fiquei maravilhada!
    Beeijo, bom final de semana! ;D

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  2. Eu sempre procuro escolher produtos sustentáveis, mesmo assim, a maior parte do que eu compro não tem essa opção "sustentavel" e entre esses, não tem aquele menos desperdicioso, com as embalagens e tal. É tudo igual! E não é falta de habilidade na hora de achar o melhor,não tem mesmo.
    Agora o que me irrita mais são aquelas empresas que falam que são ecologicamente corretas só para que nós,trouxas, compremos o produto quando na verdade ele nem é tão ecológico assim.
    Um caso extremo disso foi naquelas folhas recicladasem de caderno, em que uma empresa qualquer ai, fabricou folhas não-recicladas parecendo as recicladas (meio marrom e cheio de sujeira!). E quem vai comprar, meio na pressa, não vê que não tem aquele símbolo de reciclado e a empresa safada sai lucrando. Porque o não-reciclado é mais barato para se produzir.
    Mas isso faz tempo. Essas folhas nem estão mais na moda então é dificil de achar.
    E eu não acho que as empresas deveriam se vangloriar de serem sustentáveis e ecológicas, elas simplesmente seriam. Porque o fato delas serem sustentáveis é na verdade um pré-requisito e não se faz propaganda de algo que já se deveria ser! É só minha opinião.
    Eoutra coisa, essas marcas ecológicas me parecem falsas e charlatonas. Mas isso é só um preconceito meu e de outros.Enfim, essas lojas pequenas, que não se ouve falar, que são ecológicas não transmitem confiança. Eu favoreço as grandes empresas que possuem um logotipo que as indentifiquem como sustentáveis, por exemplo. Elas me parecem mais confiaveis.( E é nesses "instintos" que devemos confiar, na falta de informações).
    E essas marcas ecológicas bem que podiam fazer seus produtos sem terem essa cara de ecologicos tambem. Porque eu acho feio,ninguem gosta. Por exemplo um abajur feito de copos de plástico...alêm de feio ele deve ser feito de copos usados para poder ser sustentável.Com a bába de alguem...Nojento.
    Eu fui em uma exposiçao de móveis de casa 100% ecológicos, em que "coencidentemente" eu encontrei a autora do blog. Lá tinha vários exemplos desse tipo, algums exagerados demais. Mas é sempre legal ver a criatividade usadanesses casos.
    O mundo não precisa desses exageros mas com certeza precisa se tornar sustentável e a maneira está ai. Só espero que mais percebam essa necessidade.
    Aline, muito legal que você tenha esse ideal. Só espero, de novo, que você não tenha se "distraido" demais na exposição. haha

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  3. Bruno, achei muito bom seu comentário!
    Mas discordo de duas coisas. Primeiro, é verdade que ainda não temos muitas opções de produtos sustentáveis e tal, mas tem como tentar pegar o que polui menos, o que tem menos embalagem e tal. Por exemplo: Ao invés de comprar algo embalado em plástico, é melhor comprar algo em embalagem de alumínio já que esse é o material que tem maior porcentagem de reciclagem.
    Outro coisa é que eu discordo que as empresas pequenas não sejam confiáveis. Aliás, pelo contrário, acho mais fácil que elas sejam, do que as grandes multinacionais. Pq as empresas grandes podem fazer uma propaganda de sustentabilidade de fachada, pra ganhar sobre a concorrência, enquanto as pequenas normalmente nascem com esse propósito. Além do que, eu sou a favor das pequenas empresas ao invés de só incentivar os oligopólios. Mas bom, acho que deve existir cautela dos dois lados.
    Haha
    Obrigada pelo comentário! :)

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